O coordenador de Educação para o Trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana, Leandro Aracati, falou sobre o Maio Amarelo, no Grande Expediente desta terça-feira (15) na Câmara de Macaé. “Consumo de álcool, alta velocidade e uso do telefone ao volante geram 90% das colisões”, afirmou. O convite foi do Professor Michel (Cidadania), que preside a Comissão de Transporte da Casa.
Aracati também apresentou as atividades previstas para o Maio Amarelo 2025, totalizando 77 ações, como distribuição de materiais educativos em instituições, blitzes de conscientização, palestras em empresas e escolas, e simulações de acidentes. Ao final da fala de Leandro, Michel comentou: “As políticas públicas para o trânsito têm impactado muito positivamente o nosso município”.
De acordo com o coordenador, a desatenção causa grande parte dos acidentes. “Ninguém espera sair do carro para mandar uma mensagem no telefone”. Ele citou características do crescimento da cidade, como as 26,5 mil empresas, sendo 2.827 ligadas ao segmento de petróleo e gás. “São 246 mil habitantes e 137 mil veículos. Não há como preparar ruas e estradas para absorver esse progresso”.
“É preciso desacelerar. As pessoas estão viciadas em aceleração, em procurar atalhos pra chegar mais rápido e ir pelo acostamento para levar vantagem sobre os outros”. Ele ainda informou que em 2023 Macaé teve 1.754 acidentes, com 38 mortes e, no ano passado, 2.395 colisões, que mataram 56 pessoas. “Nada mata mais entre 18 e 39 anos em todo o mundo”.
Deixando o cargo
Na ocasião, Leandro anunciou que não exercerá mais a função. “Dediquei-me quatro anos, com uma equipe de quatros pessoas. Tudo que fazemos não arranha nem a superfície do problema. Estou com muitos problemas de saúde. Tive um enfarte e estou com o pai no hospital”, justificou.
Michel lamentou e respondeu: “Vou me ombrear com você para que possamos continuar esse serviço essencial para a população”. O líder do governo Cesinha (Cidadania) elogiou o trabalho do gestor. “A interrupção seria uma perda muito grande. Certamente, o prefeito Welberth Rezende (Cidadania) vai reavaliar a situação para que você possa continuar seu excelente trabalho”.
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Vereadores denunciam irregularidades no serviço de homecare em Macaé
Foi aprovado na sessão desta quarta-feira (15), na Câmara Municipal de Macaé, um requerimento solicitando informações à prefeitura sobre o contrato com a empresa Med Saúde e a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais na Gestão de Saúde e Vida Inovar. O autor é o vereador e líder do governo Cesinha (Cidadania), que diz ter recebido denúncias de descumprimento do contrato com o poder público, de falta do pagamento devido aos profissionais da saúde contratados e da terceirização do serviço pelo qual a empresa é responsável.
De acordo com o parlamentar, as denúncias foram feitas pelos trabalhadores que atuam no serviço médico domiciliar (home care) e pelos familiares dos pacientes que recebem assistência em função de doenças agudas e crônicas graves, com restrições temporárias ou permanentes de mobilidade. “São diversas as irregularidades. Uma delas é contratar uma empresa para fazer o serviço que compete a ela própria. Outra é recontratar funcionários e cedê-los para uma cooperativa. E ainda não pagar o piso salarial dos profissionais da saúde, que foi estabelecido por lei federal”, enumerou Cesinha.
Ele informou que a intenção é alertar a atual gestão para notificar a empresa e tomar as providências necessárias, a fim de proteger os profissionais da saúde e as famílias que dependem do serviço de home care. “O contrato é claro quanto a uma série de normas que a empresa vem desrespeitando”, frisou Cesinha.
Em defesa dos pacientes e profissionais
Rond Macaé (PSDB) apoiou o requerimento. “Recebi inúmeras reclamações dos técnicos de enfermagem que, não tendo seus direitos respeitados, se sentem desmotivados a prestar um serviço a contento à população”.
Mayara Rezende (Republicanos) fez uma defesa dos profissionais da saúde, que se submetem a condições de trabalho adversas para garantir o sustento da família, mas lembrou que a maior preocupação é com os pacientes que dependem do home care. “Também recebi muitas denúncias sobre o tratamento desses pacientes”.
Leandra Lopes (PV) alertou para o risco daqueles que precisam ficarem sem o serviço do homecare. Alan Mansur (Cidadania) exigiu que a empresa cumpra com a sua parte e Ricardo Salgado (MDB) requisitou fiscalização do contrato.